sexta-feira, 6 de julho de 2012

Assessora da CRB destaca importância do Encontro dos Bispos da Amazônia




            Cheia de esperança para com a caminhada da Igreja, Irmã Maria Mendes, religiosa natural do Estado de Rondônia, representa a CRB nacional no 10º Encontro dos Bispos da Amazônia, em Santarém/PA. Para ela, celebrar 40 anos do Documento de Santarém é atualizá-lo frente aos desafios que a região e o mundo enfrentam no contexto atual.

            Irmã Maria Mendes entende que a presença da CRB no Encontro é importante porque, há mais de 100 anos, religiosos e religiosas de diferentes congregações marcam presença na história da Igreja na Amazônia. Em Santarém, a mais antiga prelazia do Brasil que foi fundada, enquanto vila, com a presença dos jesuítas, e depois assumida por missionários franciscanos alemães e depois norte-americanos, destaca-se dentre tantos, Dom Tiago Ryan, anfitrião do IV Encontro dos Bispos da Amazônia em 1972 que originou o Documento de Santarém. Em novembro de 2012 ele completaria 100 anos de presença entre o povo.

            Por outro lado, Irmã Maria destaca a presença da vida religiosa feminina entre os amazônidas.  Elas estão presentes em muitos lugares de difícil acesso onde ninguém quer assumir enquanto terra de missão. Elas dão a vida entre indígenas e quilombolas empobrecidos e vítimas da exclusão social por décadas na região amazônica.

            A religiosa ressalta que a CRB sempre tem caminhado em sintonia  e parceria com a CNBB, ouvindo o que os bispos tem a dizer sob o impulso do Espírito de Cristo para assumir os desafios desta imensa região cheia de desafios a serem superados com fé, esperança e caridade.

            De 1972 a 2012 muitas coisas mudaram e a degradação da Amazônia aumentou. A Igreja também mudou, mas precisa manter firme a intuição dos bispos que escreveram o histórico Documento de Santarém. A irmã acredita que “em seu projeto intercongregacional, a CRB se faz presente aqui para ouvir, para escutar, quais são os desafios e as esperanças do povo, para que juntos aos pastores do povo de Deus se possa fazer e trilhar o caminho eclesial”, um caminho que mantenha clara a evangélica opção preferencial pelo empobrecidos e marginalizados, assumindo as diferentes expressões de Igreja para formar a comunhão, mas partindo sempre das pequenas comunidades comprometidas com o modelo bíblico dos Atos dos Apóstolos, modelo este expressado de maneira especial pelas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs, protagonistas da evangelização na Amazônia permanentes terra de missão, quando todos e todas assumem o compromisso de Jesus: a construção do Reino de Deus entre nós.       


Everaldo Cordeiro e Ercio Santos

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